Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais 23 pessoas e foram confirmados mais 472 casos de covid-19. Segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), deste domingo (26 de abril), há agora no país 23 864 infetados, 903 vítimas mortais e 1329 recuperados (mais 52).
Estão internadas 1005 pessoas (menos 35 que este sábado), destas 182 encontram-se nos cuidados intensivos (menos quatro). O que significa que 86% dos doentes estão a ser tratados em casa. Aguardam resultados laboratoriais 4673 pessoas e estão em vigilância pelas autoridades de saúde mais de 30 mil.
Apesar dos números continuarem a mostrar sinais positivos, a ministra da Saúde, Marta Temido, voltou a frisar, durante a conferência de imprensa diária de apresentação do boletim da DGS, que os portugueses devem continuar manter todos os cuidados para evitar a progressão da pandemia. Aproveitando para vincar quatro mensagens essenciais: a covid-19 não está ultrapassada, em Portugal; as medidas de saúde pública são para manter – “o distanciamento social é necessário, a higienização, a etiqueta respiratória e o uso de máscara social quando nos encontramos em espaços fechados e com um número significativo de pessoas”; as medidas de combate à pandemia estão em constante atualização; e “não haverá um regresso à normalidade tal como a conhecíamos e temos de aprender a viver com a doença até que uma vacina ou um tratamento sejam identificados”.
Questionada sobre se é uma hipótese monitorizar os portugueses, através de plataformas móveis, para traçar estratégias de combate à covid, a ministra da Saúde respondeu que “todas as formas de acompanhamento do que possa ser regresso possível à normalidade estão a ser pensadas, avaliadas”. Os mecanismos serão usados “em modos a definir” e “em termos combinados com outras medidas”.
Nesta altura, a taxa de letalidade geral do país (a diferença entre o número de mortes e de infetados) é de 3,8%, sendo que a maioria das vitimas mortais dizem respeito a pessoas com mais de 70 anos. O número de mortes é idêntico entre homens (448) e mulheres (455). Quando mais de metade dos infetados (59,2%) são do sexo feminino.
A maioria das vitimas mortais continua a ter localidade de residência a norte do país, onde há agora 519 vitimas mortais (mais 17 que ontem) e 14386 doentes. Segue-se a região centro com 188 óbitos (o mesmo número de ontem) e 3232 infetados.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo morreram, nas últimas 24 horas, mais 5 pessoas (há 175 óbitos, 5531 casos). No Algarve, foi declarado mais um óbito; são agora 12 e 322 infetados. Açores (oito mortes e 120 casos), o Alentejo (1, 187) e a Madeira (única região do país sem óbitos e com 86 casos) não aumentaram o registo de mortes.
Lisboa (1206 – mais 60 que ontem), Vila Nova de Gaia (1263 – mais 83) e o Porto (1211 – mais 91) respetivamente continuam a ser os únicos municípios com mais de mil casos, de acordo com os dados da plataforma Sinave, que integra informação sobre 84% dos casos confirmados.
Recomendações da DGS
Para que seja possível conter ao máximo a propagação da pandemia, a Direção-Geral da Saúde continua a reforçar os conselhos relativos à prevenção: evite o contacto próximo com pessoas que demonstrem sinais de infeção respiratória aguda, lave frequentemente as mãos (pelo menos durante 20 segundos), mantenha a distância em relação aos animais e tape o nariz e a boca quando espirrar ou tossir (de seguida lave novamente as mãos). E acima de tudo: fique em casa.
Em caso de apresentar sintomas coincidentes com os do vírus (febre superior a 38º, tosse persistente, dificuldade respiratória), as autoridades de saúde pedem que não se desloque às urgências, mas sim para ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24) ou para a unidade de cuidados primários mais próxima.