O ICOMOS Portugal levantou ontem algumas dúvidas sobre a preservação da autenticidade da Ponte Luiz I, entre Porto e Gaia, após as obras de reforço estrutural que terminaram em abril.
Aquele organismo consultivo da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) voltou também a criticar a “adulteração desnecessária” da Estação de São Bento, no Porto, para lá instalar o mercado Time Out.
“Embora mantendo as funções originais, [a Ponte] foi sujeita a intervenção de reforço estrutural para resistir a ações substancialmente superiores àquelas para as quais foi concebida – desconhece-se a dimensão da intervenção e se esta obedeceu a critérios de compatibilidade de materiais e de reversibilidade”, afirma, em resposta à Lusa, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS, na sigla em inglês), classificando-a como “um exemplar conceptual e tecnológico raro”.