Gaia avança com o segundo Plano de Integração de Migrantes. Este tem como principal objetivo contribuir para uma cidade mais dinâmica, eficiente e inovadora “em que o desenvolvimento e a qualidade de vida funcionem como o núcleo central do trabalho a realizar”.
Durante os últimos anos tem-se assistido a um aumento do número de imigrantes, do ano de 2018 para o ano de 2019 passou-se de 5946 para um total de 8251 “o que corresponde a um aumento de 27,9% – 4190 brasileiros, 590 angolanos, 397 italianos, 328 ucranianos e 246 chineses. De referir que estes dados não consideram um número significativo de imigrantes que se encontram em processo de legalização da sua permanência em Portugal ou em processo de regularização”. Deste modo, Gaia é a segunda cidade da Área Metropolitana do Porto com um maior número de imigrantes.
O município afirma, que “vai apoiar os cidadãos estrangeiros ao nível do urbanismo e habitação de forma a aumentar a empregabilidade e empreendedorismo, bem como o seu conhecimento sobre empresas e contratação de imigrantes. Outro objetivo passa por potenciar a participação na formação profissional desta população e melhorar o seu conhecimento na língua portuguesa. Por outro lado, nas políticas de acolhimento e integração, a autarquia quer dotar os seus técnicos das habilitações necessárias para promover o acolhimento e integração de imigrantes com ações de formação, dotando ainda os serviços de materiais informativos adequados”.
A nível da saúde “este plano prevê a melhoria das condições de acesso aos serviços hospitalares uma vez que este foi um dos principais problemas levantados pela comunidade estrangeira. Na educação, de um total de 87 entidades escolares, cerca de 42% não disponibiliza a disciplina de português como língua não materna. Além disso, grande parte dos docentes não frequenta ações de formação de competências interculturais. Deste modo, está prevista a promoção de uma educação intercultural nos estabelecimentos escolares, assim como a melhoria dos níveis de conhecimento de português por parte dos imigrantes. Por fim, na área do emprego, pretende-se promover a interligação entre as empresas e a comunidade estrangeira, criando instrumentos para a integração desta comunidade no mercado de trabalho”, declara a autarquia.