Assistentes operacionais dos agrupamentos de escolas de Gaia concentraram-se, hoje em frente à Câmara de Gaia, em protesto contra o facto de serem destacados para as escolas do 1.º ciclo para acompanhar as crianças durante as pausas letivas. Dizem que estão a ser “pau para toda a obra” e questionam-se sobre a qualidade do trabalho que fazem, uma vez que não conhecem os alunos e vice-versa.
Rui Castro trabalha num estabelecimento do Agrupamento Costa Matos e foi destacado para três escolas do 1.º ciclo, três dias por semana. A mudança não lhe causou transtornos a nível de deslocação, mas garante ter colegas que não têm carro e que, quando entram ao serviço às 7.30 horas, “não têm meio de transporte”.
Uma das queixas deixadas durante a concentração tem a ver com o facto de os assistentes operacionais estarem a trabalhar com crianças que não conhecem. Por isso, questionaram que qualidade poderá ter o serviço que prestam. “Do ponto de vista pedagógico, meninos de cinco anos, seis anos, estarem a lidar três, quatro dias – uma semana, no máximo – com adultos que não conhecem, não me parece que seja o melhor para estas crianças”, disse, no mesmo sentido, Orlando Gonçalves.