Num comunicado divulgado hoje, a CRRC Tangshan refere que recebeu a autorização na terça-feira, durante uma videoconferência que juntou os principais responsáveis do grupo estatal chinês e da Metro do Porto.
A Metro do Porto assinou em janeiro o contrato para a aquisição, por 49,6 milhões de euros, de 18 composições à CRRC Tangshan, que vai permitir disponibilizar mais 60 mil lugares diários.
No entanto, explicou à Lusa fonte oficial da Metro do Porto, só em setembro é que o TdC concedeu o visto prévio à execução do contrato, após ter pedido mais informações sobre o negócio.
No comunicado, a CRRC Tangshan aponta a pandemia de covid-19 como responsável pelo atraso na execução do contrato. A fonte da Metro do Porto admitiu que o TdC poderá ter demorado mais tempo devido à pandemia.
O presidente da CRRC Tangshan, Hou Zhigang, prometeu durante a reunião de terça-feira que irá reunir esforços para executar de forma eficiente o primeiro contrato que a empresa chinesa conquistou na Europa, refere o comunicado.
A fonte da Metro do Porto disse acreditar que a CRRC Tangshan poderá entregar pelo menos “uma ou duas unidades” até ao final de 2021.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, disse em janeiro que a primeira das 18 novas viaturas da Metro do Porto deveria chegar o mais tardar no terceiro trimestre de 2021.
Segundo a Metro, os novos 18 veículos – com capacidade de 252 lugares, 64 dos quais sentados — serão entregues até 2023, ao ritmo de um por mês.
As composições irão servir as novas linhas Rosa, no Porto, entre S. Bento e a Casa da Música, e o prolongamento da linha Amarela, entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia.
As obras de construção das novas linhas, que ainda não começaram, vão decorrer até 2023.