“Este hospital está a receber doentes da área de Lisboa, de hospitais tão diversos como o Amadora-Sintra ou Santa Maria, conseguiu pôr de pé em 90 dias uma unidade de cuidados intensivos, construiu em 90 dias, abriu concurso com inúmeras empresas, com transparência e com eficácia construiu”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à comunicação social, na passada sexta feira.
O chefe de Estado e candidato presidencial contou aos jornalistas – que não acompanharam esta visita, aguardando no exterior das instalações – que contactou por videoconferência com responsáveis dessa unidade de cuidados intensivos e de outras unidades deste hospital, em Vila Nova de Gaia, e teve a oportunidade de falar com um doente com covid-19.
Marcelo Rebelo de Sousa elogiou o “esforço muito grande que está a ser feito num hospital de excelência, e que tem projetos para o futuro”, para “encontrar permanentemente, perto do limite, capacidade para acolher ainda quem vai chegando dos vários pontos do país”.
À saída deste hospital, questionado sobre o protesto contra o candidato presidencial André Ventura, em Setúbal, respondeu: “Eu não sei o que é que aconteceu”. Perante os relatos de que houve violência, acrescentou: “Não sabia e não quero comentar, porque não tenho elementos sobre isso”.
Ao seu lado, o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, o médico anestesista Rui Guimarães, referiu que têm recebido “doentes de várias áreas do país”, mas alertou que a capacidade de acolhimento está numa “situação de proximidade do limite”.
Rui Guimarães entregou ao Presidente da República uma farda verde igual à que usam os médicos e fez um apelo aos portugueses para que contribuam “para a saúde de todos” e ajudem os profissionais que trabalham neste e noutros hospitais, “em contextos muito difíceis”, não sejam forçados a “escolher quem é que devem tratar”.
No Centro de Saúde da Batalha, onde esteve ao final da manhã, numa visita que a comunicação social também não acompanhou, por razões de saúde pública, Marcelo Rebelo de Sousa disse que ficou a conhecer “um método de inquérito epidemiológico abreviado” ali utilizado que “acelera o processo” e tem tido “bons resultados”.
A meio da tarde, num programa sem intervalos, Marcelo Rebelo de Sousa fez ainda uma visita às instalações do grupo do setor automóvel Salvador Caetano, em Vila Nova de Gaia.
