A Indaqua, empresa especializada em concessões municipais de água, está disposta e disponível em ajudar a reduzir o desperdício de água em Portugal, com o objetivo (não só) de evitar o desperdício que possa contribuir para as alterações climáticas.
A empresa está a implementar um know how em Portugal. Até à data, a empresa garantiu já a redução de perda em 10 mil km de redes existentes em 20 concelhos, mas o objetivo, em cinco anos, é duplicar este número e chegar a 40 municípios, garantindo uma poupança de 20 mil milhões de litros de água, que se traduzem em 10 milhões de euros, ao ano. Uma temática “urgente”, diz Pedro Perdigão, CEO da Indaqua, não apenas por questões económicas, mas, sobretudo atendendo às alterações climáticas que se tem vindo a agravar.
Os projetos de eficiência hídrica com remuneração baseada em performance são o modelo encontrado para assegurar esta transição, com poupança garantida, ou seja, grande parte da remuneração da Indaqua nestes contratos de prestação de serviços vem da poupança efetiva que conseguir implementar no respetivo município, ao longo dos cinco anos que duram estes projetos.
Neste modelo, nós assumimos o risco do investimento e somos remunerados por uma parte da poupança efetiva obtida. Findos os cinco anos, o contrato termina e a entidade gestora fica com a totalidade da poupança para si e com os instrumentos e o know how que lhe permitirá continuar a manter os níveis de eficiência”, diz Pedro Perdigão, que acrescenta: “O investimento está feito, as competências estão dadas, existem todas as condições para a eficiência se manter sem a nossa interferência”.
São 7 as concessões municipais da Indaqua – Santo Tirso, Fafe, Trofa, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Vila do Conde e Santa Maria da Feira -, a que se junta a participação que tem na Empresa Municipal de Água de São João da Madeira. Porém tem já, contratos assinados que cobrem 12 municípios: Maia, Vila Nova de Gaia e Águas da Região de Aveiro, entidade do grupo Águas de Portugal, que assegura o abastecimento de água a Ílhavo, Albergaria-a-Velha, Murtosa, Águeda. Oliveira do Bairro, Aveiro, Ovar, Estarreja, Sever do Vouga e Vagos.
No conjunto das suas concessões, a Indaqua tem um índice médio de perdas hídricas de 13,9%, que compara com os 30% da média nacional. “Isto significa que 30% da água que retiramos das barragens, qualquer coisa como 188 mil milhões de litros, não chega às torneiras dos utilizadores, o que é um desperdiço incomportável. Se Portugal tivesse o nível de desempenho da Indaqua seriam poupados 70 milhões de euros ao ano”, garante Pedro Perdigão.