O documento, que foi apresentado esta sexta-feira via online, apresenta um plano de ação até 2025, que tem como um dos objetivos alcançar mais de 780 mil dormidas por ano em Gaia, e a ambição de captar mais de 50% de hóspedes internacionais. Em 2019, antes da pandemia, a presença de turistas estrangeiros em Gaia já representava 46%.
“Pretende-se que o Vinho do Porto seja o ponto de partida para uma experiência mais alargada”, resumiu o presidente da Câmara, Eduardo Vítor Rodrigues, assumindo que este plano “é, ao mesmo tempo, uma visão, uma missão e uma estratégia”.
Conforme explicou Jorge Costa, presidente do IPDT- Turismo e Consultoria, entidade que elaborou este documento, “a atuação vai decorrer a dois tempos, dando primeiro respostas às necessidades atuais e futuras do setor, onde serão definidas medidas de apoio aos empresários do Turismo e, numa segunda fase – a iniciar ainda este ano -, direcionada para a qualificação da oferta, da promoção turística, da sustentabilidade e da monitorização detalhada dos fluxos turísticos”.
Daí que José Guilherme Aguiar, vereador do Turismo da Câmara de Gaia, tenha destacado que “o ponto de partida passará pelo relançamento da atividade com grande celeridade e assertividade”.
Com base nisso, Daniel Costa, também da equipa do IPDT, destacou que as campanhas de promoção passarão “pelo que é único e diferenciador”, alicerçando quatro polos: o Vinho do Porto, o sol e mar, o náutico e a cultura e património”. No fundo, “levar o turista a encontrar elementos de elevado valor e criar uma visita por todo o território”, explicou.
Dentro deste leque de oportunidades, o técnico ressalvou que áreas “como do desporto e da indústria de congressos” são “produtos ainda não consolidados, mas com potencial de crescimento elevado”.
De resto, Eduardo Vítor Rodrigues explicou que “há projetos que o Município tem vindo a ancorar” que quer que “tenham uma maior sustentabilidade”. E explicou: “Quando pensamos no nosso Centro de Congressos, pensamos numa articulação vendo a potencialidade de Gaia na história do turismo de congressos e na relação que temos com o tecido empresarial e com o próprio tecido universitário. Mas isto numa lógica de complementaridade com o município do Porto, mais focado nos grandes temas de lazer e dos eventos. E o de Matosinhos mais vocacionado para as grandes feiras internacionais. Ou seja, com o propósito de não sermos mais uns, mas de sermos um elemento que se organiza numa rede inteligente e não de sobreposição anárquica de funções e de objetivos. Mas também quando pensamos no Pavilhão Multiusos (atualmente em fase final de concurso público) estamos a pensar numa dimensão que é, ao mesmo tempo, local, mas também a pensar numa projeção regional de estratégia de desenvolvimento”.
Já Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, também presente na sessão, sublinhou que “num pós-pandemia” todas as entidades e responsáveis do setor vão “entrar numa guerra”, de captação de novos mercados, afirmando que é importante “mais do que nunca ser “muito cirúrgico e certeiro”.
