Uma criança de 4 anos impediu a GNR de cumprir uma ordem judicial ao recusar sair dos braços da sua mãe para passar o dia com o pai. O caso aconteceu esta segunda-feira, em Lever. O progenitor queixa-se de ter sido agredido por militares da GNR quando tentava fazer cumprir a ordem do tribunal para lhe entregarem a filha. O comandante do posto nega e conta ainda que o homem caiu ao ser impedido de arrancar a menina à força dos braços da mãe.
O tribunal de Gaia – para acabar com a alegada e recorrente desobediência de uma mãe em cumprir o regime de visitas ao progenitor de uma menina, ordenou que as entregas e recolhas acontecessem no posto da GNR de Lever. Na segunda-feira a mãe devia apresentar-se às 9h da manhã para entregar a criança ao pai, que a teria de devolver até às 16h30 horas do mesmo dia. Porém, a GNR não conseguiu fazer cumprir a ordem judicial porque, segundo o sargento Gonçalves “a criança agarrou-se ao pescoço da mãe, a chorar e aos gritos que não queria ir ao pai”, conta ao Jornal Notícias. “Por muito que tentássemos, com muita calma e cuidado, a menina não largava a mãe, deixando-nos de mãos atadas. Não podíamos usar a força, por pouca que fosse, obviamente”, acrescentou.
Os militares não tiverem outra opção senão deixar a criança regressar com a mãe para casa. O progenitor – que segundo contou ao Jornal Notícias“há meses” que não consegue estar com a filha. Ao entender que a GNR iria deixar a ex-companheira “desobedecer ao tribunal e sair com a menina”, tentou impedir. Acrescentou ainda que houve uma troca de palavras com a GNR e que foi “agredido” pelos mesmos. Diz que foi atirado ao chão e que “saltaram todos”para cima de si.
A GNR desmente tais acusações e conta que tiveram de se “opor quando ele tentou retirar a menina à força dos braços da mãe”. Naquela agitação, o homem terá caído. “Os nossos militares não fizeram qualquer gesto agressivo”, assegurou o sargento.