Concurso para nova ponte sobre o Douro é lançado esta terça-feira.

O concurso internacional para a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro é lançado esta terça-feira, com um custo estimado de 50 milhões de euros – valor financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência. Ao “Jornal de Notícias”, João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática, garantiu que a futura ponte, que vai ligar a estação da Boavista a Vila Nova de Gaia, através da linha do metro, tem como objetivo valorizar a paisagem “do ponto de vista estético”.

Tivemos o cuidado, no trabalho prévio ao próprio concurso, de garantir que não perturbamos, em momento algum, o que é a Ponte da Arrábida e a vista do espantoso Arco”, explicou Matos Fernandes. A futura ponte terá apenas ligação de metro, passeio e ciclovias, e a cota do tabuleiro estará um metro acima da atual Ponte da Arrábida.

O concurso está aberto até julho e o início da construção está prevista para o primeiro semestre de 2023. “Estamos em condições de ter um grande projeto. Será uma ponte mais ligeira, do ponto de vista da estrutura, do que, por exemplo, a travessia de S. João, que é uma ponte para o comboio”, esclareceu o ministro do Ambiente.

João Pedro Matos Fernandes estará presente na apresentação do concurso público internacional, ao lado do primeiro-ministro, António Costa, e do secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro. No evento serão também consignadas as empreitadas das linhas Rosa e prolongamento da Amarela do Metro do Porto.

Em relação à Linha Amarela, em causa está o prolongamento de Santo Ovídeo a Vila D’Este, em Gaia, enquanto a Linha Rosa constitui um novo trajeto no Porto entre a zona de S. Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música.

Sobre a empreitada em Vila Nova de Gaia, o presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, revelou esta segunda-feira, à margem de uma reunião de câmara, que “arranca esta semana a montagem dos estaleiros” – um ficará perto do Hospital de Gaia, próximo da rotunda de Vila D’Este, e o outro está previsto para Santo Ovídeo, junto ao campo de ténis local.

À Lusa, fonte oficial da Metro do Porto revelou, no início de março, que o Tribunal de Contas (TdC) deu luz verde às empreitadas de construção da Linha Rosa e de prolongamento da Linha Amarela até Vila d’ Este. O visto do TdC foi dado aos contratos assinados, em novembro, entre a Metro do Porto e o consórcio Ferrovial/ACA, por um valor global de 288 milhões de euros. Deste valor, 189 milhões de euros destinam-se à Linha Rosa, no Porto, e 98,9 milhões ao prolongamento da Amarela, entre Santo Ovídeo e Vila D’ Este.

Sobre os percursos, a ligação da Linha Rosa, entre a zona de S. Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música, passa pelo Hospital de Santo António, Pavilhão Rosa Mota, Centro Materno-Infantil, Praça de Galiza e polo universitário do Campo Alegre. Já o prolongamento da Linha Amarela entre Santo Ovídeo e a zona residencial de Vila d’ Este vai permitir construir um troço com três estações e cerca de três quilómetros, passando pelo Centro de Produção da RTP e pelo Hospital Santos Silva.

Atualmente, a rede tem 67 quilómetros, com seis linhas que servem sete concelhos e 82 estações, movimentando anualmente mais de 71 milhões de clientes (valor reportado a 2019, o último exercício antes da pandemia).

kjh