O concurso público para a segunda linha de Vila Nova de Gaia do Metro do Porto, entre a Casa da Música e Santo Ovídeo, recebeu 11 propostas, revelou à Lusa fonte da empresa.
“Tendo sido recebidas as propostas dos concorrentes — 11 -, o júri do concurso público procederá à análise das mesmas e apresentará oportunamente o seu relatório de avaliação ao Conselho de Administração da Metro do Porto”, afirmou a fonte.
Com um valor base de 4,8 milhões de euros, o concurso público para a conceção da nova linha Casa da Música (Porto) — Santo Ovídeo (Gaia) foi lançado no final de abril, sendo estabelecido um prazo de 30 dias para a apresentação de propostas.
Segundo a fonte da Metro, “o objetivo seguinte passa por lançar o concurso para a empreitada já nos primeiros meses de 2022”.
A nova linha, que representa um investimento na ordem dos 299 milhões de euros, integrado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), deverá começar a ser construída em 2023 e ficará concluída até ao final de 2025.
A ligação entre as zonas da Boavista e do Campo Alegre, no Porto, a Santo Ovídio, em Gaia, prevê ainda a construção de uma ponte sobre o rio Douro, cujo concurso de ideias foi lançado em 16 de março.
A nova travessia sobre o Douro, que vai nascer a cerca de 500 metros a nascente da Ponte da Arrábida, representa um investimento na ordem dos 50 milhões de euros e vai ligar o Campo Alegre, no Porto, ao Candal, em Gaia.
Representando uma parte obrigatória da segunda linha de Gaia, a nova travessia, que fará interface com os comboios na estação de Devesas, em Gaia, vai ser executada entre 2023 e 2026, em simultâneo com a nova ligação de metro.
Com uma extensão de seis quilómetros, a segunda linha de Gaia vai ter sete estações: Casa da Música, Campo Alegre, Arrábida, Candal, Rotunda VL8, Devesas e Soares dos Reis.
“A segunda linha de Gaia, como é conhecida, vai criar uma ligação e um rebatimento diretos com os serviços da CP na Estação de comboios das Devesas, dando origem a um novo interface modal em Gaia, para além de assegurar o serviço de Metro a uma das zonas mais populosas da Área Metropolitana do Porto”, segundo a Metro do Porto.
A empresa salienta ainda que este investimento vai permitir aliviar a pressão sobre a Linha Amarela (Hospital de São João/Santo Ovídio), aquele que regista maiores níveis de procura em toda a rede do Metro.