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Comunicado do PSD de São Félix da Marinha que revela comportamento irresponsável do Presidente da Junta

O comunicado enviado aos orgãos de comunicação começa assim:

Após o presidente da Junta ter testado positivo para a COVID-19, a Comissão Política do Núcleo e os autarcas eleitos pelo PSD para a Assembleia de S. Félix da Marinha, deliberaram e assumem o dever cívico de tornar público o seguinte:

Estava convocada para o passado dia 18 de dezembro uma reunião presencial da Assembleia de Freguesia, sendo que na manhã desse dia tomamos conhecimento que o presidente da Junta estaria infetado com coronavírus, depois de ter testado positivo no dia anterior.

Confrontados com o facto, requeremos ao presidente da Assembleia de Freguesia que a referida reunião fosse cancelada e remarcada para data oportuna, tendo em conta que o presidente da Junta poderia ter estado em contacto com os membros do executivo e da própria assembleia e existirem fundadas dúvidas sobre as condições de segurança sanitária para os restantes participantes e até para o público que estivesse presente.

Mas, por teimosia e desrespeito pelas mais elementares regras de saúde pública, o presidente da Assembleia ignorou o pedido e manteve a convocatória, ainda por cima com a agravante de ter faltado à verdade quanto ao estado de saúde do presidente da Junta, afirmando que o mesmo não estaria infetado, mas sim em confinamento, quando desconhecia de todo a ocorrência, como depois reconheceu.

O PSD decidiu, por isso, não comparecer à reunião, fazendo deslocar um único representante, que denunciou e confrontou os presentes com esta situação de risco iminente, reiterou o pedido de adiamento e pediu esclarecimentos sobre a condição do presidente da Junta.

Ficamos estupefactos com o desconhecimento de causa de todos. Ninguém sabia de nada. Nem os membros da Junta de Freguesia, nem os representantes do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia. Questionados sobre quem havia estado em contacto com o presidente da Junta, identificaram-se, entre o executivo e a assembleia, 7 membros do PS o que a indignação geral dos presentes. Entre os murmúrios de reconhecimento do PS, pela falta de condições para realizar a reunião e o burburinho de quem assistia, que em grande parte abandonaram de imediato as instalações, o presidente da Mesa viu-se obrigado a suspender a sessão e a convocá-la para o dia 30 de dezembro, mas de novo, no modelo presencial, por se recusar terminantemente a realizar as reuniões por meio eletrónico.

O PSD informa desde já que participará naquela reunião sob protesto, por não estarem reunidas as condições de segurança sanitária e porque, nestas circunstâncias, realizá-la constitui um ato de pura insensatez. A posição que tomamos é um imperativo de consciência e uma questão de responsabilidade social, porque acima das motivações políticas, está a saúde pública.

Na verdade, o presidente da Junta em vez do isolamento profilático, a que sempre estaria obrigado, por ter mantido o contacto com um infetado, familiar direto que integra o seu agregado, não se coibiu de adotar um comportamento de absoluta irresponsabilidade, testemunhado por todos. Passeou-se nos locais públicos e frequentou os estabelecimentos comerciais, pelo menos nos dias 16, 17 e 18 de dezembro, bem como, a 23 de dezembro, recebeu pessoas em casa, sempre em clara violação do dever de confinamento.

Não satisfeito com esta incompreensível e vergonhosa atitude, ainda ameaçou a saúde dos outros, mantendo o contacto com os funcionários, mesmo após saber que tinha testado positivo, no dia 17 de dezembro, não encerrou os serviços da Junta, nem promoveu a realização de testes para despistar o contágio dos funcionários. Ao contrário, pediu-lhes sigilo e ordenou que não comentassem o assunto com ninguém.

Para quem, no exercício de funções públicas, devia dar um exemplo de responsabilidade, o presidente da Junta demonstrou não estar à altura das funções que ocupa, nem tão pouco do compromisso a que se obrigou com quem o elegeu, facto que, com vergonha alheia, lamentamos profundamente.

O PSD, nesta matéria, quer ser parte da solução e não do problema. Mas em assunto tão sério não é possível meter a cabeça na areia ou pactuar com a mentira despudorada. Este é o tempo de unir esforços para combater uma crise sem paralelo. É o tempo de emergência social, onde não há tempo para perder tempo, com quem se demite das suas responsabilidades.

E quando o mau exemplo vem de cima, somos todos nós a pagar a fatura. “

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