Cientistas querem criar rastreio à clamídia em Portugal para prevenir “problema de saúde pública”

Um grupo de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) defendeu esta quinta-feira a criação de um programa de rastreio da clamídia, uma das infecções sexualmente transmissíveis “mais comuns” e para a qual não existe vacina disponível.

Causas e fatores de risco da clamídia

Nas vésperas do dia mundial da Saúde Sexual, que se assinala no domingo, Nuno Vale, professor da FMUP e investigador do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (Cintesis), alerta que, embora a clamídia seja uma infecção comum, não revela sintomas em cerca de 80% dos casos, o que aumenta o risco de transmissão da doença.

“Em Portugal, ainda não existe um programa de rastreio, ao contrário do que acontece noutros países”, apontou Nuno Vale, que lidera o grupo de investigadores que levou a cabo o estudo “Clamídia, um problema de saúde actual: desafios e oportunidades”), publicado na revista científica Diagnostics, que tem também como autores Rafaela Rodrigues, também da FMUP e do Cintesis, bem como Carlos Sousa, da Unilabs.