A Câmara de Gaia vai discutir e votar na reunião do executivo da próxima segunda-feira a Estratégia Local de habitação para o concelho documento que faz o levantamento e a caracterização da habitação no concelho e que define as prioridades e aponta soluções como a candidatura realizada ao programa governamental 1º Direito e que prevê a criação de 1200 casas para arrendamento a preços acessíveis.
O plano tem como principal objetivo promover a reabilitação urbana, aproveitando os recursos existentes para cativar fogos para o mercado do arrendamento acessível, promovendo desta forma o acesso a uma habitação condigna. A Estratégia Local de Habitação encontrou um total de 3190 famílias em carência habitacional e que a autarquia pretende solucionar até 2026. Neste grupo estão os agregados que realizaram pedidos e que estão em lista de espera para receber casa, os núcleos precários da Escarpa da Serra, os idosos que vivem sozinhos e que aguardam pela construção das duas residenciais para equipamento social (seniores) e as pessoas em situação sem-abrigo.
O levantamento realizado aponta ainda um conjunto de programa de apoio e do envolvimento de outras instituições como juntas de freguesia, misericórdia e IHRU (Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana) para a reabilitação do parque habitacional privado. Numa primeira fase a prioridade será para as famílias que vivem em situação indigna e é aqui que o programa 1º Direito tem um papel preponderante, tendo a autarquia de Gaia lançado projetos para sete locais do concelho: Sandim, Vilar de Andorinho, Canelas, Avintes, Pedroso, Canidelo e para um terreno nos Arcos do Sardão. São um total de 400 casas que serão disponibilizadas e que pertencem a uma rede de mais 1200 fogos.
Serão moradias bifamiliares, geminadas, de tipologia T2 a 250 euros de renda e T3 com rendas entre os 300 e os 350 euros. O projeto para o terreno do Arcos do Sardão, junto à EN 222, tem capacidade para cerca de 30 casas e é o que se encontra em estado mais avançado mas serve de modelo e terá as características dos restantes empreendimentos previstos: localizados em zonas centrais e bem servidos de transportes públicos.
Habitação social
Como afirmou recentemente o presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, “o objetivo é apostar em absoluto na inundação do mercado para contrariar os preços brutais que assistimos no arrendamento”. Para além do 1.º Direito para a resolução das carências encontradas na Estratégia Local de habitação o município conta com o apoio dos fundos europeus.
Recorde-se que Gaia é o terceiro município mais populoso do País e tem 31 empreendimentos de habitação social, alvo de manutenção, distribuídos por todas as freguesias, construídos ou adquiridos na sequência da erradicação de centenas de barracas e ao abrigo do PER – Programa Especial de Realojamento. Este parque habitacional social garante o realojamento de 3308 famílias.
