A verba destinada ao apoio ao arrendamento “mais do que duplicou” este ano em Vila Nova de Gaia, revelou o presidente da Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Vitor Rodrigues, após uma reunião de executivo na qual foi aprovado um reforço de 100 mil euros.
Com o reforço aprovado por unanimidade, o programa de apoio ao arrendamento de Vila Nova de Gaia viu cabimentado, este ano, um total de 850 mil euros. Em 2020, o mesmo programa necessitou de 400 mil euros de cabimentação.
“Temos recebido muito pedidos. Este ano o programa mais do que duplicou”, disse o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, que falava aos jornalistas no final de uma reunião camarária.
Desses 850 mil euros, 700 mil estão já executados, vincou o autarca, estimando que as solicitações quer de quem gere o programa, quer de quem o procura “não fiquem por aqui”. “Estamos em Julho e é este o cenário. No ano passado foi necessário no total menos de metade”, rematou.
De acordo com informação enviada à agência Lusa pela autarquia de Gaia, “no presente ano foram já aprovados 438 apoios” e “atualmente existem ainda 84 candidaturas em fila de espera”.
A sessão camarária também ficou marcada pela aprovação unânime do protocolo que procura a criação de uma resposta para animais de companhia de vítimas de violência doméstica. O nome do projeto-piloto é “Animais protegidos, vítimas protegidas”.
Em causa está uma parceria entre a Câmara Municipal de Gaia e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género com o objetivo de desenvolver uma resposta para a necessidade de acolhimento e proteção dos animais de companhia de vítimas de violência doméstica em equipamentos especializados existentes no município, nas situações em que os organismos da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica não o possam garantir.
Através deste projeto, a autarquia fica vinculada a assegurar o acolhimento dos animais de companhia das vítimas de violência doméstica que lhe sejam sinalizados pelas entidades da RNAVVD, depois de devidamente validados pela CIG.
É também responsabilidade da autarquia, garantir a alimentação, os cuidados médico-veterinários e outras ações que se revelem necessárias para o bem-estar animal, “dando prioridade à segurança e confidencialidade relativamente à origem do animal”.
