Aprovado lançamento do concurso para conceção e construção da ponte D. António Francisco dos Santos

Foi dado mais um passo importante para a construção da ponte D. António Francisco dos Santos. A 13 de maio, em reunião extraordinária do executivo, a Câmara Municipal de Gaia aprovou o lançamento do concurso público internacional para a conceção e construção desta nova infraestrutura, que terá dois anos de edificação, prevendo-se que esteja concluída e operacional em 2025.
Trata-se de uma nova travessia rodoviária sobre o rio Douro, a montante da ponte Luís I, entre as pontes do Freixo e de São João, com uma extensão total de 625 metros, 300 dos quais sobre o rio, e um perfil transversal do tabuleiro de 21,50 metros. Assim, a nova travessia servirá para tráfego automóvel, transportes coletivos e meios suaves, sendo ainda sugerida a instalação de uma via ciclável bidirecional e passeios nos dois lados.


A data escolhida não foi fruto do acaso, como explicou Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia: “sabe-se que D. António Francisco dos Santos era um Bispo Mariano e, portanto, esta reunião, em ambos os municípios, foi extraordinária para marcar simbolicamente esta data”, acrescentando: “pretendemos que, além de ser uma obra de arte, a nova ponte sirva de forma muito importante a mobilidade entre as duas cidades, à cota baixa, ajudando, ainda, ao desenvolvimento de duas zonas que têm sido mais adiadas, como a de Campanhã ou a de Quebrantões”.


Relativamente aos valores em causa, a componente da ponte custará cerca de 16,8 milhões de euros (divididos entre as duas autarquias), somando-se os valores para construção do tabuleiro já em área seca e as infraestruturas rodoviárias de acessos (cada autarquia fica responsável pelos seus custos). Por conseguinte, a Vila Nova de Gaia caberá pagar cerca de 21 milhões de euros, o que inclui metade do valor do tabuleiro sobre o rio, ligações rodoviárias e construção em área seca. Por sua vez, ao Porto caberá pagar o mesmo valor relativo ao tabuleiro e seis milhões em acessos. A infraestrutura perfaz um valor total de cerca de 36,9 milhões de euros.


Por outro lado, no que se refere a localizações, a norte a ligação será feita à avenida Paiva Couceiro, ao passo que a sul, em Gaia, a ligação será à rotunda Gil Eanes. Aqui, a introdução de um eixo concelhio complementar, promovendo a ligação da cota superior da zona de Quebrantões à cota inferior, com atravessamento do rio Douro, é uma previsão do Plano Diretor Municipal, sendo que a localização agora prevista assegura dois objetivos relevantes, nomeadamente: a ligação do atravessamento do rio (à cota baixa) à rotunda Gil Eanes e à Avenida D. João II, promovendo a conexão a toda a envolvente ao eixo da Avenida da República; e a futura ligação do atravessamento do rio (à cota baixa) ao nó de Quebrantões da A44/Via de Cintura Interna e, a partir daí, à futura VL10, eixo concelhio estruturante previsto que promoverá a ligação deste nó de Quebrantões à EN222 e à A29 no nó de Jaca, reestruturando por completo a rede viária da freguesia de Oliveira do Douro.