Álvaro Bernardino, também conhecido como “Álvaro De Coimbrões”, foi esta sexta-feira condenado a cinco anos e meio de prisão, por receptação de carros furtados e falsificação de documentos, num processo que envolve um gangue especializado no furto, viciação e comercialização de viaturas. A sentença foi lida no pavilhão dos Bombeiros de Valadares, em Gaia.
Valter Torres foi condenado a três anos e meio de prisão pelos mesmos crimes que o alegado líder do gangue e Ricardo Nélson Correia foi condenado ao mesmo tempo de prisão que Valter, mas com a pensa suspensa.
Entre 2010 e 2014, um grupo organizado terá posto em prática um esquema de viciação e comercialização de viaturas furtadas no valor de várias centenas de milhares de euros. O gangue, alegadamente liderado por Álvaro de Coimbrões, terá vendido de forma fraudulenta mais de 250 viaturas. Porém, os 13 arguidos e 3 empresas que esta tarde de sexta-feira conheceram a sentença, em Vila Nova de Gaia, apenas foram acusados pela venda de 25 viaturas e por ganhos de 415 mil euros.
As três empresas usadas pelos arguidos compravam no estrangeiro viaturas acidentadas – principalmente BMW, Mini e Renault – supostamente para reparar e vender. Porém, a ideia era outra. Em Portugal, furtavam carros iguais aos importados e colocavam neles os elementos identificativos dos salvados – número de chassis e de motor, por exemplo. Depois, legalizavam os veículos furtados junto da Alfândega como se fossem os importados já reparados e vendiam-nos a clientes. A grande maioria dos compradores não fazia ideia da real origem das viaturas.