As eleições do PSD GAIA são já amanhã e Ana Durana, representante da Lista G, deu-nos uma entrevista exclusiva.

TG – Quem é a Ana Durana?

Uma pessoa comum, apenas isso. Mãe, trabalhadora e sempre desejosa de crescer um pouco mais enquanto cidadã.  
Sou alguém que, para além de uma vida normal, como qualquer cidadão, entrego um pouco de mim à comunidade onde estou inserida. 
Temos todos de ter uma visão periférica, entender minimamente o que nos envolve, aquilo que influencia a nossa vida quotidiana e, se podemos de alguma forma participar ativamente em qualquer movimento cívico ou político, conseguimos imprimir um pouco da visão que temos sobre aquilo que nos rodeia. Tenho o ensejo de conseguir influenciar positivamente a mudança daquilo que acho estar menos bem. 

TG – Verificamos que tem vários cursos…Como é que a política entra na sua vida?

A política entra na minha vida de forma muito natural. Na minha adolescência, fui estudar para fora da minha cidade natal, para Amarante: lembro-me de, para além do sofrimento, de alguém que está longe da família, ir a casa demorava horas e horas de viagem, essencialmente no inverno. 
Recordo-me na altura da revolução que Cavaco Silva promoveu no país a nível de infraestruturas sendo o IP4 uma delas! 
Passei a entender como a política mexe com a vida das pessoas, aquilo que anteriormente era díficil passou a ser simples. 
Foi impactante e talvez por isso ainda hoje Cavaco Silva seja uma das personalidades que mais admiro enquanto cidadã e enquanto social democrata. Os cursos são apenas ferramentas para crescimento pessoal, para conhecimento! 

TG – Acha que pode ser diferente e ser a diferença no PSD Gaia? De que maneira?

Tenho a certeza. Sempre fui defensora de reformas que possam alavancar o partido, seja na forma seja no conteúdo. 
Percebi desde cedo que enquanto agentes políticos, só nos conseguimos aproximar do cidadão se dermos o exemplo, fazê-lo ver que não somos mais nem menos, apenas alguém que procura ter uma participação ativa na sociedade e melhorar a comunidade que está à sua volta. 
Não podemos fechar o partido em si mesmo, encerrar a opinião apenas para comentários em fóruns próprios, temos de ter uma agenda própria que seja entendida pelo cidadão e para o cidadão. Fazer do PSD Gaia apenas um meio para nos servir é o maior erro que qualquer dirigente pode ter, sendo certo que isso tem reflexos nos resultados como aconteceu nos dois ultimos atos eleitorais autárquicos. Um partido é dos cidadãos, dos seus militantes, não é de um grupo de dirigentes. 

TG – O que precisa o PSD Gaia para ganhar a confiança dos cidadãos?

Julgo que respondi na questão anterior, mas gostava de acrescentar. Temos de liderar a agenda política, sem receio de nada ou ninguém. Temos de ser capazes de fazer uma oposição séria, assertiva e com propostas concretas. Soluções imediatas para os problemas dos munícipes. Agregar todos os militantes e sociedade civil junto do poder decisor: só assim conseguimos ganhar Gaia. 

TG – Na sua opinião, que balanço faz do trabalho do PSD Gaia, nestes últimos anos?

Na minha opinião basta olhar para os resultados eleitorais para perceber que o balanço é extremamente negativo. 
Lamentavelmente temos uma Comissão Política Concelhia que se fechou em si, que não procura aproximar-se de ativos políticos importantes que se afastaram progressivamente pelas razões óbvias. 
O numero de militantes nos últimos 6 anos baixou consideravelmente e de a maior concelhia do país passamos a ser uma mediana a nível distrital, deixando assim de ter o peso político decisor que sempre tivemos. 
Vemos uma falta de coerência a nível de oposição inexplicável, seja no âmbito da Assembleia Municipal ou na Vereação. 
São inúmeros os casos deste Executivo Socialista que mereciam uma voz ativa de repúdio, seja pela falta de seriedade ou mesmo pela falta de ambição política e de visão sobre Gaia e não temos praticamente reação do PSD enquanto oposição. Ficamos com a sensação que existe algum segredo inconfessável que lhes tolda a forma de agir politicamente. Jamais conheci o PSD assim. 

TG – Pode apresentar-nos a sua proposta de forma sucinta?

Ganhar o PSD e Ganhar Gaia. Da minha parte podem apenas contar com transparência e a minha proposta para os militantes do PSD e para os Gaienses é esta: Temos de devolver o PSD Gaia aos militantes e cidadãos para conseguirmos ganhar Gaia. 

TG – Ser mulher pode ser vantajoso ou desvantajoso nestas eleições particulares? E porquê?

Muitas pessoas tentam puxar esse assunto, até por ser a primeira mulher candidata à Comissão Política de Secção. Vejo-o como um não assunto. Como referi acima, sou apenas uma cidadã comum que, neste caso, decidiu rodear-se dos melhores para conseguir reerguer o PSD e voltar a colocar Gaia no mapa… Apenas isso.

TG – Por favor, faça um apelo final aos cidadãos, razão pela qual devem votar em si…

Neste momento o apelo que posso fazer é aos militantes do PSD Gaia e não aos cidadãos…:) Mas o apelo que faço é o mesmo que decidimos utilizar como lema desta candidatura: “MUDAR”! Sem mudança não há uma evolução positiva, não conseguimos permitir uma voz credível junto da sociedade civil. Sem mudança jamais conseguimos que olhem para nós com confiança e noção de que realmente somos diferentes, queremos que Gaia tenha um ritmo de desenvolvimento como aquele que tinha há cerca de 12 anos.  
Não podemos ser subservientes, não temos que o ser, somos o segundo maior concelho do país e somos um concelho extraordinário. Não evoluímos mais porque, infelizmente, os agentes políticos não fazem por isso. Para que isto aconteça temos de Ganhar o PSD e Ganhar Gaia. 

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